segunda-feira, 30 de março de 2009

Love, love, love, love

(Tradução livre)

Eu não ligo pro carro que você dirige, onde você vive. Nem ligo se você conhece alguém, que conhece alguém que conhece alguém. Se as suas roupas são o que há de mais atual no momento. Se você possui crédito ilimitado. Se você é A-list, B-list ou "nunca ouvi falar de você" list. A única coisa que importa pra mim são as palavras que voam da sua mente. Elas são a única coisa que você realmente possui. A única coisa que me fará lembrar de você. Eu não vou me apaixonar pela sua pele e pelos seus ossos. Eu não vou me apaixonar pelos lugares onde você já esteve. Eu não vou me apaixonar por nada exceto as palavras que voam dessa sua extraordinária mente.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Reflexos e reflexões sobre o vazio



Existe uma discrepância na forma como penso e percebo. Existe um vazio no que eu sinto. Não, na verdade, não existe um vazio no que eu sinto. Existe o vazio do que eu não sinto. Do que eu não consigo expressar em palavras. O vazio do que eu queria sentir, mas não tenho como. Não tenho o porquê. E aí fica tudo guardado. Em desuso. Incomodando. Machucando.
Às vezes fica fácil esquecer. Do vazio, quero dizer. Você não pára de viver por causa dele. Você ainda sai. Ri. Conversa. As vezes, até demais. Ri demais, bebe demais, sai demais. Porque o vazio tá lá. E tem sempre aquele momento em que a tua guarda baixa, e o vazio bate. Pesa. E você deseja sumir e reaparecer na sua cama. longe de tudo. De todos. Mas isso nem sempre acontece. As vezes o vazio fica lá, dormindo, por um tempão. Você acha que ele sumiu. Você acha que finalmente você está feliz com o que você tem. E tudo parece bem. E está bem. Mas o vazio volta. Sutilmente. Ou não. Pode ser uma fisgada no estômago. Pode ser uma lágrima no canto do olho. Pode ser um nó na garganta. Um pesar de pálpebras. Ou pode ser uma avalanche avassaladora de emoções. E o vazio. Novamente ele está lá. Novamente você lembra o que é conviver com ele.
Diariamente. Constantemente.
Existe uma falta de sentido nos nossos desejos.
Existe uma falta. E só.

domingo, 8 de março de 2009

All You Need Is Love?


Às vezes eu tento me convencer disso.
Na maior parte das vezes, não consigo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Diálogos Inconclusivos Parte I


- Você bota medo nas pessoas, sabia?
- Eu?
- É.
- Mas ... porquê eu boto medo medo nas pessoas?
- Ah, não sei, as vezes elas acham que você é meio... ácida demais
- E desde quando isso assusta alguém?
-Assusta.
- Assusta?
- É.
- Que coisa mais estúpida, ter medo de palavras.
- Tá vendo!
- Vendo o quê?
- É por isso que as pessoas têm medo de você.
- Porque eu acho que elas são estúpidas?
- Bom, mais ou menos. É, de certa forma, sim.
- Isso não faz delas ainda mais estúpidas?
- (suspiro) Não né... se bem que... bom, pode ser... até que faz sentido.
- Não faz?
- Faz. Agora você paga a próxima rodada.
- Por que eu?
- Porque você me deu dor de cabeça.
- Estúpida.