terça-feira, 30 de setembro de 2008

Hamletando...

E se eu fosse o que eu não sou, qual seria a questão? E se o tudo não fosse nada? E se o relativo fosse realmente relativo, e a gente nunca dissesse nunca??? E se o ontem fosse porta para o amanhã, e a gente risse pra dentro, e não pra fora???
E se os olhos não vissem, e a saudade não batesse?

Valeria a pena?

Ou seria só mais um dia?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pseudo-intelectual


Psicodelia alucinada

Na cabeça uma frase gravada

Mal da inteligência condicionada

Fantoches de uma sociedad desenganada

Filhos de uma prisão

Solitários brinquedos no chão

E somos o futuro da nação


Prensada em pensamentos

Mais vazia do que finjo ser

Atrás de um ideal

Que não me importa saber o seu porquê

Bela cultura forjada

Fruto de uma mente estacionada

Somos o que fingimos ser?


Microscópicas luzes em meu rosto

Você não é nada

Nem nunca vai ser

Tudo bem, não pretendia ser nada mesmo

Me conformo com apenas enlouquecer

domingo, 21 de setembro de 2008

Primogênito


Eu sou aquela. Aquela que não olha pro lado, mas sabe que está lá. Aquela que sabe exatamente o que está errado, e não procura consertar. Eu sou aquela que escreve. Aquela que sente. A que está sempre presente. Mas nunca a protagonista. Me falta coragem. Me falta encanto. Me falta força.


Outro dia, procurei minha essência. Não estava lá. Acho que a perdi. Num boteco, numa esquina, em mais uma ferida. Agora sou múltipla. Não aquela que se multiplica, mas aquela que se subtrai. Ainda sim, múltipla. Milhares de átomos. Indagações. Eu não escolhi a vida. Tampouco ela me escolheu.


E agora?


(e que vá tudo para o inferno)