Caros amigos de outrora,
Saibam que os amo. Mesmo que não me entendam. Mesmo que eu não os entenda. Mesmo que tenha ficado tanto a ser dito.
Saiba que ainda lembro, e que ainda sinto. E que me dói a distância. E que apesar de tudo, e de nada, eu jamais vou esquecê-los.
Embora já não se lembrem de mim.
O que mais dói não são os erros. Meus ou de vocês. Ninguém é inocente. O que mais dói é o quanto tudo foi descartável. Como se fosse reciclável. Como se realmente não fizesse a diferença. E não é. Pra mim, não é.
Quando achei que a noite ia me engolir, o silêncio de vocês, caros amigos, foi quase ensurdecedor. Queria tanto explicar o que eu não podia, o que eu não queria, o que eu não sabia. E o quanto eu sentia muito tudo isso. Mas já é tarde. E falar para quem já não escuta é cantar para as paredes. Todos nós sabemos no que acreditar.
Tudo o que tenho para oferecer é o desejo de que tenham uma boa vida, caros amigos de um dia.
Deixo, como lembrança para vocês, o meu afeto, embora este já não lhes sirva de nada.
Vejo-lhes um dia no passado, já que ele é tudo o que restou.
Adeus
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5 comentários:
Lindo... Divino ... Teu texto é tudo de bom!
Espero que seja um texto fictício.
Gostei. Dedicaria a muitos amigos essas palavras.
Sincero?
Lindo...
Resumiu o que sinto no coração muitas vezes...
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