Pinta-se na parede
Camufla-se em padrões
Sou eu, a parede do quarto
As flores na colcha
O quadro na sala
Pintada a guache
Retocada a óleo
Um quadro fora de esquadro
O retrato
Lentamente envelheço
Meu retrato permanece igual
A lembrança de tudo o que deixei de fazer
Simbolismo intransigente
Dos erros que deixei de cometer
Dos sonhos que deixei escapar
Sou Dorian Gray ao contrário
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Limbo
Sente, cresce, morde, sente
Dói, passa, dói, mata
Sei, sou, sinto, vou
Fico
Mais um dia
Mais um minuto
E o tempo não para de passar
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Bang Bang Shoot Shoot
Trago meus calos nos dedos
de palavras que não significam
que não compreendem
que não me redimem
mas que ainda, assim, me libertam
Uso a prosa lírica descuidada
ainda que poesia sem começo e fim
escrevo não o que o coração diz
e a alma anseia
minhas decisões são caprichos de momento
minha vida, um acidente recorrente
e se eu um dia eu te disse que sei o que faço
Esqueça, baby
eu só aprendi a mentir direito
sobre a compulsão de ser
de viver
de morrer
de renascer
e de continuar
irrelevante
inconsequente
inconstante
e intolerável
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