Trago meus calos nos dedos
de palavras que não significam
que não compreendem
que não me redimem
mas que ainda, assim, me libertam
Uso a prosa lírica descuidada
ainda que poesia sem começo e fim
escrevo não o que o coração diz
e a alma anseia
minhas decisões são caprichos de momento
minha vida, um acidente recorrente
e se eu um dia eu te disse que sei o que faço
Esqueça, baby
eu só aprendi a mentir direito
sobre a compulsão de ser
de viver
de morrer
de renascer
e de continuar
irrelevante
inconsequente
inconstante
e intolerável
Um comentário:
Nossa, me identifiquei muito com seu texto. Acho que também sou assim... Parabéns, intenso e leve o modo com que escreves!
bju
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