quinta-feira, 1 de julho de 2010

Bang Bang Shoot Shoot



Trago meus calos nos dedos
de palavras que não significam
que não compreendem
que não me redimem
mas que ainda, assim, me libertam

Uso a prosa lírica descuidada
ainda que poesia sem começo e fim
escrevo não o que o coração diz
e a alma anseia
minhas decisões são caprichos de momento
minha vida, um acidente recorrente
e se eu um dia eu te disse que sei o que faço
Esqueça, baby
eu só aprendi a mentir direito

sobre a compulsão de ser
de viver
de morrer
de renascer
e de continuar
irrelevante
inconsequente
inconstante
e intolerável



Um comentário:

Nanda disse...

Nossa, me identifiquei muito com seu texto. Acho que também sou assim... Parabéns, intenso e leve o modo com que escreves!

bju