quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um dia perfeito (a noite que nunca acaba)


Meus pés doem de usar esse salto
Eu sinto que digo tudo na hora errada
Eu queria mesmo era pegar na sua mão
E sair correndo até  o lugar
onde a noite não significa mais nada
Me trancar contigo num palácio,
Num barraco, no quarto ou na sala
E ter comigo, tudo o que basta
Você, discos velhos, e uma garrafa de vinho barata

Só você entende a falta de sentido
E o porquê eu só durmo
com as portas do armário fechadas
Seu rosto reflete a curiosidade
a incredulidade
e a ternura em relação às minhas tendências piradas

E quando eu meter os pés pelas mãos
Mais uma vez amor, entenda a cilada
É que eu não sei amar pouco
Não sei amar outro
E quero você até o dia
em que a minha pele estiver toda enrugada








Um comentário:

IRGS; disse...

é tão lindo isso..
me identifico bastante ;*