sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Caros amigos de outrora (uma amizade perdida)
Saibam que os amo. Mesmo que não me entendam. Mesmo que eu não os entenda. Mesmo que tenha ficado tanto a ser dito.
Saiba que ainda lembro, e que ainda sinto. E que me dói a distância. E que apesar de tudo, e de nada, eu jamais vou esquecê-los.
Embora já não se lembrem de mim.
O que mais dói não são os erros. Meus ou de vocês. Ninguém é inocente. O que mais dói é o quanto tudo foi descartável. Como se fosse reciclável. Como se realmente não fizesse a diferença. E não é. Pra mim, não é.
Quando achei que a noite ia me engolir, o silêncio de vocês, caros amigos, foi quase ensurdecedor. Queria tanto explicar o que eu não podia, o que eu não queria, o que eu não sabia. E o quanto eu sentia muito tudo isso. Mas já é tarde. E falar para quem já não escuta é cantar para as paredes. Todos nós sabemos no que acreditar.
Tudo o que tenho para oferecer é o desejo de que tenham uma boa vida, caros amigos de um dia.
Deixo, como lembrança para vocês, o meu afeto, embora este já não lhes sirva de nada.
Vejo-lhes um dia no passado, já que ele é tudo o que restou.
Adeus
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
A Redoma de Estanho (ou Way to Blue)
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Holden Caufieldianismos
Gelo
Um copo de gin
A solidão da multidão
Mais um dia perdido na cidade
Os olhos que observam
Os corpos que se cruzam
mas não vão além do que se vê
Conversas vazias
Piloto automático
Mais uma dose, por favor
e aplausos para as aparências
Papo de calçada
Não há nada novo
Não há nada além do convencional
E eu ando
e eu faço parte
e eu me sinto longe
espectadora de um espetáculo previsível
Mais um dia perdido na cidade
Que nunca dorme
Nunca entende
e nunca perdoa
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Push the F button
Os pré requisitos
os hífens
as reticências
descomplique
desencane
faça menos
ou mais
o que importa
é não se importar
Produtividade é a prisão dos outros.
No meu dicionário, a palavra da (des)ordem é
Viver, e nada mais.
O resto, pode ir pro inferno. Ou pro céu.
Não faz diferença.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Ele nunca disse eu te amo
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Clara
De dias cinzas
De paredes sem reboco e tinta
De verdades nuas e cruas
O som de unhas arranhando o quadro negro
Mantém os cabelos sobre a face
As sobrancelhas arqueadas
Selvagem
Intimidante
Unhas pintadas de preto
Bebe uísque duplo sem gelo
Como poucas
Como outras
Ainda assim, como mais ninguém
O nome é Clara
Uma leve ironia,
A subjetividade do destino
Nunca pôde ser donzela
Nunca pôde ser indefesa
A vida tornou impossível
Sonhar leves sonhos de papel
Sem que a água
Doce, pura e cristalina
Desfaça suavemente
A ilusão que se criou
Clara, seja forte
O mundo um bueiro
Clara, minha cara
Não impeça as paredes de ruírem
Pesadas
Ásperas
Abrace o caos
E sinta na pele
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Lembranças e um maço de cigarros
sexta-feira, 10 de julho de 2009
O tênue (a sentença)
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Pílulas e um copo de vodca
E eu sei que você acredita que nós
não pertencemos mais a esse lugar
E o pior que podemos fazer
É continuar a fingir que nos importamos
Deixe-me entrar, deixe-me afogar
Ou ao menos aprender a nadar
Só não me deixe sozinha
Eu poderia ser sua próxima melhor amiga
Você pode precisar de alguém por perto
Hey, sonâmbulo, não seja tímido
Não abra seus olhos esta noite
Você será aquele que irá lutar por mim
Enquanto eu estiver sonhando acordada?
quinta-feira, 21 de maio de 2009
As luzes (a garota no metrô, ou a despedida)
Os braços que me soltam
Já não mais me aparam
Não me impedem de cair
de tropeçar
Os faróis ofuscantes
Cada vez mais perto
Mais perto
A luz que cega
Os olhos que se fecham
Hey, vamos tomar um café
Tocar violão
Vamos ficar bêbados
Esquecer que é dia
Que é quarta-feira
Longe da luz ofuscante
Dos faróis que se aproximam
Tão perto
Tão perto
Que cegam
Hey, não solte a minha mão
Não me deixe mais cair
Tropeçar
Não me deixe mais fugir
Hey, não vá
Não vá
E se for, não olhe pra trás
Não, não olhe pra mim
Só vai
Me deixa esquecer
Não me deixa lembrar
Dos faróis que cegam
A luz dos olhos
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Pequenos contos dela
Trançando pequenas mechas dos cabelos longos
Vermelhos escuros
A camiseta desbotada, a gola esgarçada
estampa do Bowie
O cheiro
O cheiro dele
a manhã meio pálida
Os joelhos juntos, os pés separados
A meia listrada
as mãos nervosamente cruzadas, descruzadas
Apoiadas no queixo, nas têmporas, nos lábios
ela descasca o esmalte das unhas, pintadas de azul,
um azul elétrico
pra disfarçar o nervoso
a falta de jeito
a vontade de rir
chorar
sair correndo
e ficar pra sempre
Ele chega sorrindo
calça larga xadrez
vermelha e verde
o riso meio sem graça, meio de lado
- Quer café?
Ela quer.
Quer pular no pescoço dele
morder
apertar
beijar
quer tanto, tanto
que, paralisada
só olha
- Uhum. Brigada.
A noite que já foi
que começou com um sorriso
aquele sorriso
meio sem graça, meio de lado
- Tem um isqueiro?
Ela deu um gole na cerveja
do gargalo
um sorriso rápido
emprestou o isqueiro
mordeu os lábios
queria conversar
ele parecia alguém com quem conversar
- Bonita a tua camiseta, ela disse.
A camiseta do Bowie
desbotada e esgarçada na gola
na jukebox no canto do boteco
Lovesong
- Gosta de The Cure?
- Pefiro Smiths
Ela responde
Toma coragem
e olha nos olhos
por segundos esquece de respirar
e vira o rosto
naquele riso tímido
de quem não sabe o que dizer
Ele senta-se ao lado
Eles conversam
Nada muito profundo
ou elaborado
sem grandes pretensões
- Quer dar uma volta comigo?
a cabeça não ouve
a razão não pára
Você vai se machucar
Só você vai se machucar
E tudo que ela pensa
Me dê uma razão para dizer não
Pra não sentir
Uma razão
que faça sentido
E ela vai
Sente
esquece
de tudo
dos motivos
das razões
dos prós
dos contras
só o cheiro
textura
sentidos
os olhos
a respiração
as mãos
ele mexeu em seus cabelos
até ela dormir
Agora está sentada na cama
a cama dele
e já é manhã, ainda que meio pálida
Ele deita
apoiado nos travesseiros
acende um cigarro
coloca o cabelo dela atrás da orelha
- Posso te ver hoje de novo?
- Hoje?
- Passa o dia comigo?
- Por que?
- Por que não?
- Eu não disse não.
- Disse sim?
- Não.
- Mas passa?
- O quê?
- O dia comigo?
- Passo.
E ela sorriu.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Esquece e vai sorrir (Ludov)
domingo, 26 de abril de 2009
Sinestesia anestésica
E como menina ela correu pelas ruas, os pés batendo suavemente no cimento. Mas já não é mais uma menina. As ruas escuras e sujas, o cabelo cheira a cigarro, o esmalte vermelho descascado, o tênis surrado. O rímel que desce pelo rosto manchado de lágrimas que ela jurou que não ia derrubar. Não ia chorar, não podia chorar. Não mais. Não na frente dele. Mas as malditas insistiam em queimar. Então correu. Porque podia correr, e porque não podia mais suportar. O silêncio. A falta. O fim. Não podia suportar o fim.
Não é que não soubesse. Que não tivesse sentido. A falta de palavras. A falta de sentido. Os gestos vazios. A distância. A merda da distância que só aumentava. Mas não podia dizer. Não queria o fim. Mas o fim foi tudo o que restou. Foi então que ela correu.
Correu porque tinha que ir. Fugir. Porque não tinha motivo para voltar. Porque não tinha ninguém. E não se sentia ninguém.
Mas era. Só não sabia. Só não queria saber.
Sentou na calçada. Brincou com o gato. Perdido e sujo. Roeu as unhas. Acendeu um cigarro. Acendeu outro cigarro. Era um dia cinza. Ela odiava o calor nos dias tristes. Como se o universo tivesse de se aliar à sua melancolia. Sentiu-se melhor pelo dia ser cinza. Mexeu com o furo na meia. Pensou em ir embora. Não foi. Roeu mais as unhas. Sentiu frio. Acendeu mais um cigarro. Levantou-se.
O som de seus próprios passos a acalmava. Enquanto tivesse de andar, não precisava sentir. Mas sabia que um dia ia ter que parar de andar. Só não sabia como ia parar de sentir. Subiu as escadas. O pulso acelerado. Os olhos secos. As mãos no bolso. Colocou os cabelos atrás da orelha. A mão na maçaneta. Tirou. Colocou de novo. Abriu a porta. Ele já tinha saído. Ido embora. Na parede, um rabisco. Caneta preta. A letra dele. A música, não.
Meu amor, foi bom tentar, foi por um triz.
E tudo o que ela conseguiu pensar foi: Maldito, nem em uma hora como essa você consegue bolar palavras próprias pra dizer?
Realmente não há mais o que dizer. O que fazer. Faltam palavras. Faltam maneiras.
Mas ela já não precisa correr.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Pequenas epifanias
Coisas que devo lembrar...
- Todos se sentem, em agum momento, da mesma forma, só que não ao mesmo tempo.
- As pessoas são imprevisíveis.
- Deixar aconteceré melhor do que manter o controle.
- Nada, absolutamente NADA de bom pode vir de pensar demais.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
A beleza do que existe
segunda-feira, 30 de março de 2009
Love, love, love, love
Eu não ligo pro carro que você dirige, onde você vive. Nem ligo se você conhece alguém, que conhece alguém que conhece alguém. Se as suas roupas são o que há de mais atual no momento. Se você possui crédito ilimitado. Se você é A-list, B-list ou "nunca ouvi falar de você" list. A única coisa que importa pra mim são as palavras que voam da sua mente. Elas são a única coisa que você realmente possui. A única coisa que me fará lembrar de você. Eu não vou me apaixonar pela sua pele e pelos seus ossos. Eu não vou me apaixonar pelos lugares onde você já esteve. Eu não vou me apaixonar por nada exceto as palavras que voam dessa sua extraordinária mente.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Reflexos e reflexões sobre o vazio
domingo, 8 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
Diálogos Inconclusivos Parte I
- É.
- Mas ... porquê eu boto medo medo nas pessoas?
- Ah, não sei, as vezes elas acham que você é meio... ácida demais
- E desde quando isso assusta alguém?
-Assusta.
- Assusta?
- É.
- Que coisa mais estúpida, ter medo de palavras.
- Tá vendo!
- Vendo o quê?
- É por isso que as pessoas têm medo de você.
- Porque eu acho que elas são estúpidas?
- Bom, mais ou menos. É, de certa forma, sim.
- Isso não faz delas ainda mais estúpidas?
- (suspiro) Não né... se bem que... bom, pode ser... até que faz sentido.
- Não faz?
- Faz. Agora você paga a próxima rodada.
- Por que eu?
- Porque você me deu dor de cabeça.
- Estúpida.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Conclusões de um carnaval inexistente
Alguns copos
Alguns amigos
Risadas, mais copos
Ela se agarra à ilusão de estar livre
De amarras
De palavras
De sentimentos
Ela parece não sentir nada
Nada parece poder atingi-la
Suas atitudes extremas
Pensamentos reprimidos
Suas frases perfeitas
O humor ácido
O álcool e a ironia
Suas duas armas favoritas
O contexto do pretexto
A tal da diversão sem fim
E uma armadura de ferro disfarçada de cetim
Em um desses dias
Ela se viu sozinha
Paredes nuas
Verdades cruas
As unhas roídas
A verdade inegável
Ela não é de de aço
Ela não é de ferro
Ela tem medo
E sente a falta de sentir
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
A realidade nas coisas
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Indagações e monólogos de uma segunda-feira
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Diversos Singulares
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Garota do Pôster
A sua imagem
A minha imagem
A sua imagem de mim
A sua imagem à minha imagem
A minha imagem de ti
Suspiros
Lágrimas
E o fim
A sua imagem
A minha imagem
A sua imagem de mim
A sua imagem à minha imagem
A minha imagem de ti
Um sonho
A realidade
A ilusão que se desintegrou
A sua imagem
A minha imagem
E tudo o que o tempo apagou
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Crises existenciais de domingo à noite...
As vezes a gente sente essa falta de algo que a gente sabe que nunca esteve lá. As vezes, a gente sente uma frustração enorme com o caminho que a gente mesmo escolheu. Olha para a sua vida. Eu olho para a minha, e sinto vontade de sair correndo. Sabe "Run, Forrest, run" e toda essa merda? Eu tenho vontade de fazer isso. Não porque eu odeie a minha vida, ou algo do tipo. Não é algo "oh, ela só quer atenção" ou, "dê-lhe-um-tanque-de-roupas-para-lavar-que-o-problema-está-resolvido". Eu só sinto como se... não fosse o bastante. Como se tudo isso fosse muito pouco. Quero dizer, de todas, TODAS as coisas que você poderia escolher fazer na sua vida, ISSO é o que você realmente teria escolhido? É isso que eu me pergunto. É isso que eu não consigo tirar da cabeça.
Não é a forma mais pragmática de pensar. Aliás, pensar raramente é algo pragmático. Principalmente se você, como eu, for alguém que pensa demais. Quer dizer, você pensa, pensa, pensa, e as coisas continuam iguais. Você sempre acha mais perguntas do que respostas.
E aí alguém chega e te diz que "tudo tem um motivo", e que "tudo dará certo no final". Quer dizer, ninguém conhece o final, muitas vezes sequer EXISTE um final, pelo menos da forma que o entendemos nos livros e filmes e histórias. Quantas vezes você viu o cara sair correndo atrás da mocinha e alcançá-la antes de que ela embarcasse no avião? Na maioria das vezes,a mocinha pegou o avião enquanto o cara ficou em casa lambendo as próprias feridas, com o orgulho ferido. Ou vice-versa. Não é uma questão de sexo. É uma questão de HUMANIDADE. A humanidade não sabe lidar com si mesma. Ela complica o que não precisaria ser complicado. Por quê? Porque ela pensa. E pensar é complicar.
E não é que eu seja contra toda essa história de pensar . Não sou a favor de uma sociedade ainda mais IGNORANTE do que a que já temos. É o bastante. Só estou dizendo que pensar machuca.
E que as vezes tudo o que seria necessário, para mim, é um sono de umas 2 semanas. Ou um seletor de memória. Tipo o capacete de Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, saca? Eu queria apagar algumas lembranças. Mesmo porque, hoje sinto minha cabeça cheia demais de pensamentos. E se tem um lugar que não dá pra fugir, é da sua própria cabeça.
Eu só queria um botão de pause, fast forward e rewind. Acho que um de mute também não seria uma má idéia.
Eu odeio domingos.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
O teu dom de se esconder de mim só é menor que o meu de não te achar
Pensamentos aleatórios, egotistas e fantasiosos sobre a rejeição, paranóia e outras patologias.
Na verdade, eu não sei se acredito em algo.
Não tenho coragem de ser cética.
E nem força pra acreditar em tudo.
Eu não ouço a minha intuição.
Você nunca está ali.
Só a minha imaginação.
Eu nunca sei o que pensar.
Você nunca sabe o que dizer.
Eu acordo todo dia.
Eu visto a máscara todo dia.
E você não me vê.
Se eu pudesse, faria música.
Se eu pudesse, escrevia um livro.
Se eu pudesse, pinatava quadros.
Mas acordo todo dia.
E você não me vê.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Sonâmbula
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Álcool e ironia
Buscando um novo rumo...
Um lugar distante, só meu. Não há ninguém por perto. Uma casa, e eu sei que é pra mim, sei que ela está lá pra mim. Eu entro, e as paredes são verdes. As janelas de madeira estão pintadas de roxo. Tem uma cama dentro do quarto, baixa, de aço, daquelas de hospital em filme da Segunda Guerra Mundial. Num armário velho e tombado em um canto, uma vitrola. E alguns discos. Escuto a voz de Billie Holiday arranhar o silêncio. E vejo que, embaixo da janela, há um baú. Velho, as arestas cor de cobre desacascadas. No baú, um diário. Um diário que conta toda a minha vida, em detalhes. Todos os erros, os acertos, tudo aquilo em que eu procurei não pensar está ali, escrito e registrado. Meus amores, minhas dores, minhas mentiras. Momentos em que eu não me orgulho de mim. Leio, paro, rôo as unhas. Tento dormir. Pego o diário de novo. Saio para dar uma volta. Volto a ler. Começo a rir, descontroladamente. Pulo capítulos. Largo novamente a leitura. Respiro fundo. Leio os capítulos que pulei. Sorrio involuntariamente em certas passagens. Dou socos na parede de ódio de outras. Mas continuo lendo. Sinto medo, vergonha, orgulho, alegria e a mais profunda tristeza enquanto mudo as páginas. Mas não posso mais parar de ler. Leio a descrição desse mesmo quarto, e do mesmo baú. Viro a página, e está tudo em branco. Aí penso.
Cada folha é originalmente branca. Cada folha originalmente, não contém uma história. Cada história não é feita de folhas, mas sim de palavras. Cada vida não é feita de dias, mas sim de escolhas. O problema é quando a gente tenta escrever por cima do que já passou. Ou quando a gente espera demais, e quando vê, o livro acabou. E a gente não escreveu nada.
Cada minuto, cada página é uma nova chance. A chance de uma vida.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Sou eu.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
"And now we all know the words were true"
Não quero falar sobre o que já foi. Nem fazer um balanço sobre tudo o que aconteceu. Foi ruim, e foi bom. Mais bom do que ruim, no geral. E não quero fazer longas digressões sobre como "não foi bem assim". Foi o que foi, e o que significou no momento, embora agora seja apenas uma lembrança.
Incomodou. Doeu. Mas passou.
Mas não desejo suavizar, não quero que seja "e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu". Não há o que dizer. Não há o que fazer. Não há mais nada pra sentir. Mas eu não quero amenizar o que foi, pra mim, avassalador. Pois só o ser humano possui essa capacidade de deturpar emoções e situações já vividas. E pode tirar algo disso, ou pode não tirar nada.
A maioria não tira nada.
Fica por aí dizendo que, no fim das contas, perdeu seu tempo com algo que não valia a pena. Não vou dizer que não valeu a pena.
Foi real pra mim. Mas acabou. E ponto.