quinta-feira, 21 de maio de 2009

As luzes (a garota no metrô, ou a despedida)


Os olhos perto de mim
Os braços que me soltam
Já não mais me aparam
Não me impedem de cair
de tropeçar
Os faróis ofuscantes
Cada vez mais perto
Mais perto
A luz que cega
Os olhos que se fecham

Hey, vamos tomar um café
Tocar violão
Trançar as pernas na cama
Cantar desafinado
Vamos ficar bêbados
Esquecer que é dia
Que é quarta-feira
E existir
Longe da luz ofuscante
Dos faróis que se aproximam
Tão perto
Tão perto
Que cegam

Hey, não solte a minha mão
Não me deixe mais cair
Tropeçar
Não me deixe mais fugir
Hey, não vá
Não vá
Não leve embora o seu moletom azul
O cheiro de incenso
Os cachos que dançam
Os olhos que dizem
Tanta coisa
Eu sei que você tem que ir
Sei que as portas vão se abrir
E eu vou olhar pras suas costas
e com pálpebras pesadas
num supiro
Ora sereno, ora puro desespero
Vou deixar você partir
Mas não me impeça de pedir
Que não vá

E se for, não olhe pra trás
Não, não olhe pra mim
Só vai
Me deixa esquecer
Não me deixa lembrar
Dos faróis que cegam
A luz dos olhos

7 comentários:

Anônimo disse...

que apaixonante seus textos, roubei essa foto *-*

;**

disse...

texto liindo *-*
adorei aqui :)

Vinicius disse...

Toda vez que as luzes foram citadas eu lembrei dos faróis dos carros no trânsito.
É, comentário X...

Beijos Fe!

maria disse...

redefini a senha...viu q esperta hahaha
te amo
e to com saudades da minha amiga

Ana Apfel. disse...

Pra começar de cara já gostei da descrição do perfil.
E bom, eu amei esse texto. Escreve MUITO bem. rs
Beijos :*

Anônimo disse...

acho que as luzes desse texto são fenomenais.


sorte e luz.

Anônimo disse...

Eu sinto tanto isso!