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sexta-feira, 10 de julho de 2009

O tênue (a sentença)


Nunca pensei no nascer do sol. Em ficar sentada admirando o momento em que ele surge. Nunca pensei em muitas coisas, na verdade.
E a verdade, é que eu quase não penso mais em você. Quase.
Eu só penso no quase.
No dia em que eu quase disse não.
O dia em que eu quase disse sim.
O dia em que eu podia ter saído, mas fiquei em casa.
O dia em que eu podia ter escolhido o caminho mais longo, e cortei pelo atalho.
O dia em que eu desisti de tudo.
O dia em que eu decidi que não valia a pena.
Que ia passar.
Que tinha que passar.
Não é que me atormente.
Eu sei que fiz o que pude com o que eu não podia saber.
Mas é o quase que me mata um pouco
Que leva um pedacinho
Um quase pedacinho
Pra longe
Porque foi quase
Por um triz
Você não me fez feliz
E vice-versa

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Indagações e monólogos de uma segunda-feira


Hoje é um dia irrequieto.
Acordei esperando o impossível, sonhando com o inexprimível e querendo o intocável. Hoje não consegui construir o muro que me cerca e protege da chuva, dos ventos e outras intempéries. Abandonei os espinhos e deixei de lado a minha máscara.
O tempo corre, a vida passa, e de tempos em tempos eu me vejo assim, incapaz de fingir. De fugir. De não ser e não sentir. Em dias assim, não espero nada. Mas sonho. E meus pés se recusam a tocar o chão.
Dias assim passam. E eu volto ao meu chão.
Mas o mundo nunca me parece tão colorido e amargo quanto nesses dias irrequietos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Diversos Singulares


Você olha pro lado, e está todo mundo ali. Dezenas, centenas de pessoas. Algumas você já deve ter visto diversas vezes. Mas nem percebeu. E, pra você, elas não são NIGUÉM. E você não significa nada para elas também. No banco. No metrô. No bar. Todos aqueles estranhos partilhando a sua realidade. Peraí, a SUA realidade?
Você já parou e se perguntou o quanto essas pessoas poderam significar pra você, caso elas fizessem parte da sua vida?
Você já imaginou tudo o que aquela pessoa que acabou de passar por você já viveu? O tanto que você poderia aprender com ela? O quanto que ela poderia aprender com você? Vocês poderiam ser grandes amigos. Amantes. Inimigos. Vizinhos. Mas ela só te pede licença, e você sai do caminho.
É estranho. É interessante. É esquisito.
Às vezes me bate essa consciência de que o centro do mundo não sou eu.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

She said unpredictability is my responsability, baby


"Great Expectations"


Tatral. Megalomaníaca. Síndome de Peter Pan. Não acredito em amor à primeira vista. Não sou legal. Não tô dando mole. Não sei sentar usando saia. Não penteio o cabelo. Sou indecisa. Sonho acordada. Ainda escuto Spice Girls. Choro em filme. Adoro contos de fada. Torço sempre pelo malvado. Surto uma vez por semana. Acho minha mãe o máximo. Tenho mesmo celular há 4 anos. Não fico brava com ninguém por mais de 24 horas. Uso xadrez com estampa de bolinha. Só raciocino depois do meio dia. E olhe lá. Toco air guitar, air bass, air drums e air piano. Rôo unha. Romântica incorrígível. Falo com a televisão e com o computador. Sempre esqueço a luz acesa. Queria ser o Iggy Pop. Sou grossa. Falo muito palavrão. Escrevo mas raramente deixo alguém ler. Mudo radicalmente de corte de cabelo pelo menos 3 vezes ao ano. Amo sorvete de pistache. Queria ser o Chaplin. Sarcasmo é a minha razão de viver. Amo fazer piadinhas politicamente incorretas. Sou fera em Pac Man. Nunca tô de bom humor. Não pratico o tal do pensamento positivo. Odeio quem grita 'Urrrul'. Gosto de autenticidade. Crio situações impossíveis. E falo pelos cotovelos, como dá para perceber....




Estou em constante crise, em constante construção e constantemente inconstante....